sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Relógio...

Nunca quis adiantar o tempo..Não sei porque, mas sempre procurei viver um dia por vez.Enquanto todos os meus amigos sempre esperavam pelo último de dia de aula no colégio, pelo último dia de aula na faculdade ou até mesmo pelo último dia do ano,já esperando pelo próximo ano, eu queria que o tempo fosse passando cada vez mais devagar, talvez por sempre ter achado que não tinha aproveitado o suficiente todo o tempo que me foi oferecido...

Meu tempo sempre foi mais lento que o dos demais, enquanto todos já estavam fazendo planos, eu, no meu próprio tempo, estava pensando em quais planos iria fazer, não sei se isso constitui uma qualidade ou um defeito, consideraria uma qualidade se considerarmos o fato de aproveitar muito bem cada dia, cada minuto, se bem que o medo talvez tenha me impedido de tentar coisas novas,afinal é questão de sobrevivência não é mesmo?!

Convenhamos, o ser humano é um bicho esquisito; quando se depara com uma situação completamente inusitada, nova, sente medo, receio de se expor, de se aventurar, é normal gente!O novo sempre assusta, nos deixa com uma espécie de sensação na qual nos sentimos imóveis ou mesmo sem saber por qual caminho seguir..Esquerda ou Direita?Claro ou escuro? Azul ou vermelho..Dúvidas antigas, receios sempre atuais...Qualquer que seja a escolha somos responsáveis por ela, no sentido de que independente do caminho que se resolva seguir, sempre existem ônus e bônus; se escolho comprar o vestido azul, sempre fico pensando como seria se tivesse escolhido o vermelho, a situação parece fútil? É,pode ser que sim, mas reflete basicamete como nos sentimos diante de uma escolha difícil na vida, querem um exemplo melhorzinho, não é mesmo? Pois bem , aqui vai: a escolha da carreira,ô coisinha difícil viu?!

Já pararam pra pensar como é difícil escolher algo que vai te acompanhar pelo resto da sua vida ou pelo menos enquanto restar empolgação para tal?A infinidade de cursos, áreas, espalhadas pelo país é estrondosa, são mais de 500 tipos de cursos disponíveis, tem cabeça que resista?A minha por exemplo, quase explodiu..Se fiz a escolha certa ou errada? Infelizmente não consegui descobrir,minha opinião no momento é que sim, foi errada- onde estava com a cabeça quando escolhi a área jurídica pra mim?!- essa definitivamente não sou eu...Porém, na época em que estudava, me senti tão incluída naquele contexto que não conseguia sair dele, me sentia incutida, presa...

Foi então que o fim de meus estudos, de certa forma, me libertou..Tive um ano desesperador, sem saber por qual caminho, qual rota seguir..Mas, com o tempo-olha só ele aí de novo-fui descobrindo que nada na vida acontece por acaso, ninguém aparece no seu caminho por acaso..

Conheci pessoas que me ajudaram a tomar decisões, um rumo..Em um ano e meio fiz coisas que jamais imaginava fazer-ensinar,por exemplo- jamais pensei em "seguir" carreira de mestra, seguindo os passos de minha mãe..Se me arrependo? De maneira alguma, foi e continua sendo um aprendizado,até os dias de hoje.Meus alunos me ensinaram a ser algúem mais humana, à aprender a ouvir, aliás uma dádiva reservada a poucos,afinal, não sobra tempo pra ouvir as pessoas em um mundo tão capitalista, apressado, onde tudo que menos existe é o bendito TEMPO...Insisto: façam planos, não adiem seus planos, mas não tentem fazer o tempo correr mais depressa do que ele já corre;acreditem, quando piscamos os olhos, como diria o poeta, já se passou um mês, um ano, cinquenta anos...Aproveitem cada dia, cada sentimento, experiência, afinal o que temos é um PRESENTE...embalado com papel brilhante...
Abraços!

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Estações de sentimentos...

A mensagem de hoje surgiu, na verdade, ontem à noite, quando minha irmã visualizava algumas fotos antigas no computador; dentre elas estava a de uma amiga, deitada em seu ombro,a qual ela mesma disse que iria apagar e tudo isso por mera disputa pelo coração de um jovem...Quando menos esperei, só escutei o comentário:" vou até apagar essa aqui"; reparou como a nossa vida, nossos sentimentos passam por estações?

Eu poderia jurar que , há pelo menos 4, 5 meses atrás, essa menina era a melhor amiga de minha irmã, as duas dividiam praticamente tudo e agora o que restou? Absolutamente nada, só mágoa e ressentimento- fase do Inverno-apesar de tão pouca idade, já experimentando os dissabores da vida e pensar que eu, nessa idade, mal tinha largado a fase das bonecas..É meus caros, os tempos mudam...E como!A inspiração pra escrever sobre as estações dos sentimentos veio com uma mensagem de meu pai, falando sobre uma certa pereira e um pai pedindo à seus filhos para descreverem o que viam em cada estação e assim o fizeram...

Cada filho ficou responsável em descrever o que via na árvore.O primeiro avistou a secura do Inverno, sua falta de folhas e flores, galhos retorcidos, enfim, a mais absoluta tristeza..Percebeu que nossa vida por diversas vezes passa por essa mesma estação? Amizades secam, se destroem, ressequidas pela amargura do frio que assola..O segundo avistava a pereira coberta de folhas verdinhas, flores brotando com uma beleza impossível de se dizer, era a Primavera que chegava, trazendo a esperança de dias melhores..Lembraram de alguma data específica?É sim, o Reveillon, ou mesmo quando conseguimos algum emprego que esperávamos há muito tempo, um novo amor, enfim, coisas novas..E como é bom ter mudanças em nossa vida, não é mesmo?!

O terceiro filho avistou muitas folhas, flores ainda vicejantes,mas encontrou um presente a mais no "pacote": as lindas peras que estavam prontas para serem colhidas..O Verão trazia seu calor e suas recompensas, guardadas desde a Primavera, as esperanças depositadas em cada detalhe, em cada peça que faltava para completar o nosso quebra-cabeças diário,afinal o ser humano é algo que nunca se encontra satisfeito com aquilo que tem; por vezes isso pode ser uma má característica,porém é fruto dos "insatisfeitos construtivos"-podem estar se perguntando: "acho que essa menina é meio louca, o que diabos seria uma pessoa instatisfeita e ao mesmo tempo, construtiva??Eu explico: É alguém que, embora tenha tudo que precise para levar uma vida boa, sem dificuldades, está sempre procurando melhorar em alguma coisa, buscando aquele que detalhe que faz a diferença..Querem saber de um exemplo prático desse tipo de pessoa?Leonardo da Vinci, ele mesmo; estava sempre a buscar uma nova descoberta, um novo invento, criando novas cores para suas telas, ufa, quanta coisa não é mesmo?Que tal darmos uma de "Leonardo"?!Tornemo-nos insatisfeitos construtivos!

Por fim, veio o Outono, é hora de usar todas as esperanças acumuladas, colocar em prática todos os planos feitos, recordaram-se de alguma coisa especial? Tirar do papel aqueles planos das próximas férias, de encontrar uma coisa que goste muito de fazer, rever aquele amigo que insistimos em dizer que vamos telefonar mas nunca o fazemos; o quarto filho tinha percebido que a árvore estava arqueada, cheia de frutas para serem colhidas, e é isso que deve ser feito: Prometeu?Cumpra; é bom pra você , a sua consciência agradece; Quer mudar? Mude, sempre existem alternativas para modificar aquilo que não nos apetece; Perdeu aquela amizade? Refaça-a, o perdão é o dom mais divino que nos foi dado.Deixe que as estações dos sentimentos tragam a paz de espírito que nos faltava..Estações difíceis? Estas sempre irão existir,não deixe que as mesmas arranquem o que temos de melhor,plantado com raiz profunda em nossos corações: a esperança de que dias melhores,ah, estes sempre estão por vir!

Abraços!

sábado, 1 de agosto de 2009

Vida no automático...

Você já agiu hoje? A pergunta pode parecer até meio estúpida, mas reflete algo que nem sempre nos damos conta: a falta de atitude por nós mesmos, em prol de nosso bem estar..A correria do dia-a-dia não nos permite avaliar e repensar a inércia diante de fatos importantes, coisas que podem mudar o rumo de nossas vidas...Sabe que existe até expressão pra essa nã0-atitude?Sim, existe, é o que se chama de "levar a vida no piloto automático".Não entenderam? Eu explico:os dias vão se passando, a rotina acaba se tornando um ritual diário, repetitivo, onde nada mais é questionado; nem ao menos se isto está nos trazendo boas coisas, bons sentimentos,é simplesmente tudo "tão automatizado"...

É nessas horas que a tecnologia impõe certos conceitos que chegam a irritar aquele cidadão que pensa, que avalia os acontecimentos com algum grau de discernimento (ô expressãozinha pra ter caído na mídia essa, todo mundo repete!) em distinguir o que é de bom senso do chamado "senso comum", como por exemplo, "se a fulana usa tal tipo de roupa, cabelo ou seja lá o que for, não importa, é o que devo fazer",cadê a personalidade, gente?

Em determinados momentos da vida, sinto como se vivesse em um estado eterno de "letargia", no qual agir por mim mesma fosse algo já esquecido, perdido por entre as névoas do tempo que cada dia, passa mais e mais rápido...Mais uma vez, eu e minha estranha mania de querer explicar tudo de maneira lógica-a rotina impõe o mesmo ritual, chegando as ações a se repetirem inclusive na mesma hora, no mesmo minuto- o tal modo automático mais uma vez em cena..Não sei se já aconteceu com vocês, mas comigo já ocorreu de me sentir como uma eterna coadjuvante da nossa própria vida, quando em determinada fase você imagina que tudo aquilo que se vive é algo intrínseco, indissociável, imutável( nossa, quantos "i´s") demais para que se pare e pense: "epa, deixa eu tomar as rédeas da minha vida e fazer algo por mim!!"

Mas e quando não se sabe o que fazer? "O que eu gosto de verdade?"Existe pergunta mais difícil que essa?!É algo curioso lembrar dessa observação: é muito mais fácil definirmos o que não gostamos em relação aquilo que agrada;o cérebro parece que coloca a ideia com aquele tipo de cola super forte,a qual prende com extrema força e mais uma vez,lá vem o indissociável-parece até que já nascemos com aquilo fixado em nossas mentes- o que nossos amigos classificariam como "conhecimento apriorístico( nossa, falei difícil agora hein?!);lá vai: gosto de cinema, teatro, escrever sobre como me sinto naquele dia, as tais "vitaminas filosóficas"-acho que sem elas acabaria ficando sem chão, me fazem sentir que tenho algo mais palpável,alguma coisa em que possa confiar de verdade..Mas olha só, lá vem mais uma palavra interessante, a qual anda "meio em falta" no mercado das minhas ideias e pensamentos: confiança,sim, eu sei, essa minha mania de sempre querer saber a origem de tudo,coisa de filósofo,não é mesmo?E quem disse que todos nós não temos um quê de filósofos? Perguntas incansáveis, dúvidas que parecem não ter fim?O diagnóstico é esse mesmo:filosofia, eis a chave do mistério..A porta está aberta...Deseja entrar? Eu já entrei e você?

Abraços!

O Sapato que te cabe...

Dia desses saí calçada com os tênis novos de minha mãe: eram rosa, lindos... Ela tinha chegado em casa uns dias antes comentando que havia e...