quarta-feira, 11 de maio de 2011

De frente com a coragem...

E assim passaram-se quase 2 meses desde que estive aqui pela última vez..Estava sentindo falta de tudo isso,sabiam?Acho que sempre acabo começando as crônicas da mesma maneira pois passo "um milênio" sem escrever,achando que preciso de uma inspiração estratosférica para "dar as caras" para vocês..

Nunca fui muito de apreciar reality shows,mas há dois dias tem um-especificamente- o qual me chama muita atenção: um programa inglês-com várias cópias,é verdade- de perfomances artísticas,seja de música,dança ou atuação, o "Britain´s got talent"...É curioso ver quantas pessoas com dons incríveis estão "perdidas" pelo mundo afora,ou no mínimo, ainda não foram achadas..É uma coragem descomunal,simplesmente na busca de um sonho...Algumas delas iniciaram desde pequenas, outras , através de sorte ou como queiram chamar,descobrem "por acaso"...

Dentre os vários vídeos que pude visualizar,um deles me fez ter a "ideia" de falar sobre o tema de hoje:um jovem de 17 anos,de muito boa aparência,com uma família de condição financeira relativamente boa e jogador de Rugby...Resumo da ópera: a "última" pessoa que,nós pobres mortais imaginaríamos ser possuidor de voz tão harmoniosa e afinada-e não é que o garoto possuía a tal voz?!-aliada a uma humildade cativante,ingredientes perfeitos para um sucesso instântaneo...Muitos podem estar pensando agora:"Mas será que vou perder meu tempo vendo esse tipo de programa?"ou mesmo "É apenas mais um sucesso pré-fabricado com data de validade já pré-estabelecida";vivemos em um país de liberdade de expressão,correto amigos?Então,fica a critério de cada um escolher o que imagina ser melhor,mais ainda, de bom senso...

Antes de começar sua apresentação,os jurados indagam o que o garoto deseja com sua música,a maioria responderia que quer ganhar dinheiro com sua arte, viajar o mundo inteiro e por fim, ser reconhecido por seu talento,mas pasmem:ele respondeu que gostaria de fazer as pessoas felizes..A banca julgadora não acreditava no que acabara de ouvir,foi então que a apresentação se iniciou e uma voz doce,afinada e segura foi posta à prova( e não é exatamente assim que nos sentimos em vários momentos de nossas vidas?!).

Ele respirou fundo e começaram os comentários:uma das juradas pediu para que ele tirasse as mãos do bolso, pois isso fazia dele um "perdedor" e sua voz não dizia isso; o mais "chato" disse que ele tinha muito boa presença de palco e pediu para que tomasse cuidado com o psicológico e por fim, viu-se que o jovem jogador de Rugby tinha recebido três votos favoráveis ,o que diga-se de passagem é algo muito fantástico para um iniciante...Por quantas vezes nos deparamos com ocasiões nas quais esperamos pelo aval de outras pessoas,talvez para que nos sintamos mais seguros,mais confiantes de que estamos indo no "caminho certo"...

Entre encontros e desencontros de ideias,surgem possibilidades,caminhos viáveis,mas ainda nos sentimos como nosso jovem personagem de hoje: precisando da opinião alheia nos confirmando que aquele ali é o rumo mais indicado a ser seguido..Alguns podem pensar:"será que dessa forma parece autosuficiente demais ou é puramente um desejo premente de independência?"Nem uma coisa e nem outra..Ficou confuso não é mesmo?Tudo bem, explicar-vos-ei:acredito existir um meio-termo para os momentos de decisão;não devemos desperdiçar oportunidades que nos aparecem,simplesmente porque pessoas de nossa confiança nos aconselham que "este ou aquele é um caminho árduo demais; aquilo não serve ou não nos trará resultados"...

As experiências nos proporcionam subsídios para evoluir e amadurecer , mas ao mesmo tempo, podemos aproveitar as palavras de incentivo daqueles que acreditam que somos capazes de ir em frente, realizar uma mudança radical ou até a humildade de pedir ajuda quando não se sabe por qual caminho seguir... Dou "três votos" de sim,podem contar comigo...

Abraços à todos!

O Sapato que te cabe...

Dia desses saí calçada com os tênis novos de minha mãe: eram rosa, lindos... Ela tinha chegado em casa uns dias antes comentando que havia e...