sábado, 29 de novembro de 2008

Carta à Tom...

Oi Tom, a carta hoje é direcionada à você, é, isso mesmo, à você, de onde estiver, acho que vai saber da existência dela, ah vai sim.Bateu uma vontade maluca de te escrever, pra falar do quanto gosto das tuas músicas, do quanto elas me emocionam, à ponto de eu ficar acordada até algumas horas da madrugada para ter a alegria de escutar que outros nomes da música, não menos talentosos, cantassem tuas pérolas, teus presentes para nossos pobre e cansados ouvidos, já tão fatigados de só ouvir desgraças mundo afora..

Ah Tom, como você nos faz falta! De ouvir tuas poesias,tuas letras cheias de esperança em dias melhores,pois esses últimos viu, vou te contar!É gente matando outra por causa de um simples "não","não, quero mais te ver", ah falando nisso, recebi um e-mail falando da importância de dizer NÃO nos dias de hoje, o que de fato concordo; é tanta permissividade, são tantos absurdos,pais sem coragem de dizer um sonoro "não" por receio de dar uma educação rígida demais à seus filhos, fazer o que não é mesmo, reflexos da "modernidade", se é pra ser moderna assim, prefiro parar no tempo, ser "atrasada" e tentar fazer com que alguém seja mais consciente de seus próprios atos; é muita desgraça acontecendo em tão pouco TEMPO....

Mas enfim, dentre tantas mazelas da sociedade acontecendo, uma me chamou a atenção: a solidariedade do povo brasileiro com as vítimas das últimas enchentes que vem acontecendo no estado de Santa Catarina,muitos estão realizando campanhas em prol da arrecadação de roupas, alimentos, remédios,pelo menos alguma coisa se salva; só seres como você para ter criado tantas coisas belas que ainda nos fazem acreditar que ainda existe jeito pra esse país, que insiste em ser menino...País menino, olha só, parece até letra de uma de música sua, não, prefiro não me atrever, talento pra arrumar as palavras, como se umas nunca tivessem se separado das outras, só você mesmo, de onde estás agora, deve ser uma festa só, não é mesmo?!

Tom Jobim, Vinícius de Moraes,Elis Regina, Nara Leão, Maysa, Clara Nunes...Tantos nomes, difícil escolher alguém que tenha melhores músicas que outros; por favor, não fiquem com ciúmes, mas o Tom mora no meu coração, não sei bem explicar o porque disso, parece que as músicas dele "batem fundo" lá dentro, acho até que a paixão dele pelo Rio de Janeiro acabou passando pra mim, me sinto bem quando estou lá, só de escutar o "Samba do Avião" me sinto chegando no Galeão, vendo aquela paisagem que só existe lá e em mais nenhum lugar desse mundão de meu Deus; é uma mistura perfeita de Mar, montanhas, um verde incomum, mais vivo do aquele que já tem estampado na nossa bandeira, ah minha bandeira, quanto orgulho de ter nascido no mesmo país de tantos nomes da música( patriótico, não?!)

Taí: adoro a mistura do meu país, todo mundo acredita em um pouquinho de cada coisa e isso não invalida nada, pelo contrário, mostra que somos um povo aberto, talvez ainda um pouco preconceituoso, é chato ter que dizer isso, mas é verdade, não adianta jogar a sujeira para debaixo do tapete, como fazem os americanos, não é mesmo!?Bendita seja esse caldeirão de cultura, tomara que de alguma maneira isso faça melhorar as últimas loucuras que vem acontecendo nesse país chamado Brasil....Mostra a tua cara...quero ver quem paga pra gente ficar assim!?

Ludmila.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Contradição: essa sou eu...

Não estou preocupada em alcançar números impressionantes de leitores desta página, mas confesso que tem lá suas vantagens ser reconhecida pelos próprios talentos, méritos,ou como queiram chamar..Será que isso teria alguma explicação?!Segundo minha terapeuta sim, afinal, uma pessoa que passou a infância inteira recebendo elogios, talvez nem sempre sinceros, mas os recebia e mais ainda, recebia tudo, como se diz por aqui, "de mão beijada"; estaria presente um resquício de ressentimento, um pouco de preconceito contra mim mesma, velado por entre sorrisos e uma ponta de ressentimento?!Não saberia responder, quem sabe o tempo ajude..

Ahh, o tempo!Esse que é ao mesmo tempo mocinho e vilão, nos faz passar por situações, histórias nunca imaginadas e talvez essas histórias nem mesmo aconteçam pois outro personagem faz parte dessa história: o medo..É, é isso mesmo, o medo,nos ajuda, mas como atrapalha; já me atrapalhou bastante, hoje talvez ele tenha um outro papel: evitar que me envolva em situações ruins, se bem que, se existe uma palavra que me defina hoje em dia, essa palavra é contradição..Tem dias que amanheço com medo, ansiedade( prima-irmã deste último!), sonhadora, um pouco triste, animada, enfim, tem dias que nem eu mesma consigo me entender a julgar pela variedade de sensações, é um verdadeiro turbilhão de sentimentos, confesso que tem horas que acho que vou explodir...

São tantos pensamentos e em muitas vezes, todos vem ao mesmo tempo e na mesma intensidade, tem que respirar fundo pra não dar uma pane, to pensando em desacelerar, tirar umas férias de mim mesma e voltar um pouco mais lenta, embora receba sempre avisos de que talvez seja uma pessoa "devagar", pura capa, a cabeça parece que não pára de pensar um minuto sequer, a não ser que esteja nas minhas aulinhas de inglês,ah minhas aulas, gosto tanto delas!

Acho que acabei queimando a própria língua quando disse um dia que nunca queria ser profeessora, por estar sempre relembrando do "calvário" diário de minha mãe como professora de francês, sempre me dizendo:" Minha filha, estude pra ficar numa situação melhor" e então, resolvi ingressar no curso de Direito, sei lá, parecia idéia fixa na cabeça, feito música de péssima qualidade, gruda mais que chiclete velho, enfim, acabei cursando, Deus sabe o porque de eu ter conseguido terminar todo o curso porque eu mesma não me entendo e quer saber!?Já desisti de me entender, prefiro reaprender a cada dia, avaliar melhor meus detalhes, minhas atitudes, rever meus conceitos e os preconceitos,ah, esses que eu jurava que não havia qualquer sombra deles dentro de mim, estão mostrando suas "garras"...

Certas coisas que vem acontecendo nas últimas semanas me fizeram parar pra pensar que nunca fui uma pessoa muito ligada à religião, pelo contrário, achava que acreditar que existia uma força maior bastava, que a única coisa que importava era ser uma pessoa boa, o que de fato não deixei de acreditar, o problema é que nunca tinha me deparado com uma pessoa tão diferente de mim, que tivesse crenças tão diferentes me fizesse talvez reavaliar o conceito de diferenças, percebi que tenho sim, devo assumir, que tenho dificuldade em aceitar uma idéia diferente da minha, talvez por não querer aceitar que existem pessoas diferentes no mundo, que pensam diferente, mas nem por isso sejam menos dignas; ocorre que certas coisas não devem vir à tona,mlehor deixá-las quietinhas, lá no vão do pensamento, pois quando são ferozmente discutidas só trazem dor, desentendimentos e o pior, sofrimento de ambas as partes..

Qual a necessidade de deixar que crenças, idéias, afastem o que de mais bonito deve ser ensinado: a união entre as pessoas, independente de credo, raça,concepção política ou qualquer outro empecilho verificado nestes dias de cão, quando um simples motivo banal vira motivo de briga e até de morte?!Respirei fundo, acalmei minhas idéeias e meus coração,esse último já um pouco cansado, mas parece que está sempre disposto à recomeçar, aliás, adoro essa palavra: recomeço; indica sempre algo sem rancores, sem cicatrizes, e aí, quer recomeçar?Eu quero e você?
Ludmila.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Números..

Vivemos rodeados por números.Todos nos dizem quantas horas devemos dormir, quantas vezes escovar os dentes, quantas mastigadas a serem realizadas para uma melhor absorção dos nutrientes dos alimentos, ah, se for pra enumerar a quantidade de números que nos "perseguem", a lista certamente seria quilométrica, não acham?Engraçado começar à escrever sobre números, visto que embora eles sempre tivessem me rodeado,nunca fui muito íntima deles..Nossa!O quanto de problemas eles já me causaram!

As notinhas não muito agradáveis em matemática quando ainda sonhava que podia ter o arco-íris na palma da minha mão, os dias de espera para saber se havia passado nesta bendita matéria,que diga-se de passagem, é " exata demais" pra mim, talvez por me considerar a contradição em pessoa...Não entenderam?Eu explico.Há dias em que adoro a minha rotina de acordar ( não sei a hora exatamente, às vezes cedo, às vezes um pouco mais tarde), tomar meu lauto café da manhã, lecionar aulas de francês( do pouco que ainda sei),e na maioria das vezes, ir à academia,aulas de inglês à tarde e à noite,é,acho que só isso.

E por falar em academia, que maravilha de descoberta essa minha dos exercícios físicos, considerando que sempre fui a mais sedentárias das criaturas,morando à alguns metros da praia, mas sempre com aquela velha e boa preguiça de sempre;pois saibam que hoje em dia poderia até me renomear como a mais nova "viciadinha" em exercícios físicos,me fazem bem,conversar com pessoas,esquecer por um instante que as horas vem passando numa velocidade frenética..Menina, como esse ano passou voando,ou será que a rotina fez os dias passarem como na velocidade de um foguete?

De tanto fazer sempre as mesmas coisas, contando o tempo que se leva pra fazer cada uma delas,o ano voa, brinca com a gente e diz:"Muda menina, faz as coisas um pouco mais diferentes, assim eu não passo tão rápido pra você"...Interessante isso, não acham?!É como diz uma poesia de uma cantora-poeta chamada Elisa Lucinda:"Não deixe que a rotina sufoque..."E, por favor, prestem mais atenção nas "coisas simpáticas da vida", como olhar o brilho da lua no mar, ao cair da noite, as flores no mês de setembro,ler bons livros, ah, tem tanta coisa,láa vem eu, a pessoa mais subjetiva do mundo se metendo à besta de inventar de contar,usar os números à seu favor, é claro, e por que não?Sejam be-vindos ao meu lado subjetivo, porém com números...
Um abraço,
Ludmila.

O Sapato que te cabe...

Dia desses saí calçada com os tênis novos de minha mãe: eram rosa, lindos... Ela tinha chegado em casa uns dias antes comentando que havia e...