sábado, 9 de maio de 2015

Um, dois, três...Testando...

E essa é uma história sobre chocolate, cozinha e encarar a vida de frente...Alguém deve estar se perguntando:" Xiii, será que ela comeu alguma coisa estragada hoje?" e eu respondo que não exatamente meus queridos...Sábado à noite e eu fui me aventurar no "fantástico mundo da cozinha", território deveras desconhecido para a minha pessoa e o resultado de tudo isso ainda na edição de hoje...

Eis que encontro alguns pães de queijo no freezer e como não estava com recursos financeiros para pedir o velho e bom delivery, vamos lá, um toque de Minas Gerais - nada saudável, diga-se de passagem. Foi então que abri o armário e vi uma caixinha alaranjada "brilhante", implorando para ser usada: era um tal leite condensado sem lactose ( opa, nada de merchan!).Resolvi que faria um brigadeiro versão "fit" - aproveitando que a palavra está tão em moda, certo? Então tá: misturando o ingrediente novato, o achocolatado e uma dose de manteiga - o velho truque pra não colar no fundo da panela.

Menina (o), o negócio começou a "tomar forma" muito antes dos brigadeiros convencionais: foi soltando do fundo da panela, aquele cheiro inebriante que só essa mistura perfeita - e nada explosiva- sabe ter. Os pãezinhos ainda estavam assando no forno quando desliguei o fogo e pus a "mistura dos deuses" em um prato pra esfriar e lógico, coloquei um pouco na boca pra provar: não, a coisa não estava como o imaginado, era uma mistura de textura de tijolo cozido com papa de chocolate queimada, devem estar sentindo o cheirinho da desgraça no ar.

Mas afinal de contas, qual o sentido de falar nisso tudo?

Sabe aquela mania que o ser humano tem de querer experimentar coisa nova o tempo todo? É um grande salto sairmos do nosso cantinho seguro, da nossa famigerada "zona de conforto". A gente acha que tudo de errado vai acontecer quando se sai dela (tá, tudo bem, eu saí na experiência com o brigadeiro e não foi lá a melhor opção), mas aí é que vem o "pulo do gato": se ninguém sai do lugar, como é que vai enxergar o que está mais na frente?Tem mais é que saltar mesmo, só não esquece de abrir o paraquedas na hora certa,ok? Afinal ninguém aqui tem tendência suicida.

Mãe nessas horas tem um papel fundamental: elas parecem que vêm com um sensor, um "radar de fábrica" pra nos advertir quando estamos diante de uma bela roubada.Dias atrás fui com ela ao supermercado pra fazer umas compras, vi uma caixinha de suco belíssima, com diversas cores e com uma aparência de "estritamente saudável", sabor de cenoura, beterraba e laranja.Pensei: poxa, deve ser bom". Assim que ela viu no momento do caixa, disse logo:" Menina, deixa isso aí, vai ser mais uma coisa estragada na geladeira" e eu teimosa como sou, resolvi levar.Provei o tal suco hoje.

Moral da história:gosto de ferrugem misturado com um "pesadelo de suco de laranja".Nesses momentos elas adoram dizer aquele discurso surrado, mas cheio de sentido : "Eu bem que avisei"..Mas mãe, se eu não provasse, mesmo que fosse pra dizer que é uma porcaria, como eu ia saber o gosto? É, não tem jeito caríssimos, o mundo é algo assim, como uma maçã escolhida ao acaso: ela pode ter a casca brilhante, um belo aspecto, mas se não provar, se não for pra sentir o gosto, vai ser só mais uma no montante com as outras e afinal de contas, ela está aí pra isso mesmo, ser testada, aprovada, reprovada...Tal qual a vida...

É o que tem pra hoje... Abraços!!!

O Sapato que te cabe...

Dia desses saí calçada com os tênis novos de minha mãe: eram rosa, lindos... Ela tinha chegado em casa uns dias antes comentando que havia e...