segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Confiança: cristal fino..

É, parece que a confiança, esse amigo de todas as horas é também um dos mais fáceis de serem quebrados: parece cristal finíssimo, aqueles "baccarat" mesmo...Depois de ter feito com tanto trabalho esse texto, parece que nem a página do blogger.com está me entendendo:estou tendo que recomeçar todo esse texto, do zero, assim como eu tinha falado no outro que a confiança parece um daqueles carrinhos de roda gigante, mais precisamente a roda gigante da vida, na qual cada carrinho traz um sentimento: felicidade, raiva, tristeza, ressentimento, amizade, alegria de viver; mas e se por um triste acaso, a vida faz parar o carrinho que mais precisa estar em constante movimento: o da confiança...

É, esse é bem mais complicado: construímos achando que ela tem a força de uma rocha antiga e não mais que de repente, ela se quebra, como um fino cristal após uma queda,é como se cada vez que passa-se a mão nas partes trincadas da taça de cristal, arranha a mão,reabre a ferida que achava que tinha fechado com a linha e agulhas do tempo..Por falar em quedas, como elas doem,machucam, parece que não temos mais forças para nos levantar; o cristal da confiança parece que se quebrou em caquinhos: seria possível reconstruí-los?

Aliás, palavra difícil essa: RECONSTRUIR,REFAZER, RECOMEÇAR...Parece que todas elas, em algum momento de nossa vida, alcançam o mesmo sentido: começar do ponto de onde paramos, de onde "caímos"...A questão é que o ser humano está muito mais habituado à continuar um projeto, seguir em frente, é como se em cada tropeço que damos, o corpo cansa, dá uma certa "preguiça" em começar "tudo de novo"...Mas existe um só detalhe que faz toda a diferença: e se , ao quebrar o cristal, sobrar aquela parte mais dura: a base, aquela que se faz presente como alicerce, como estrutura.Se pararmos pra pensar, a estrutura é quem faz algo permanecer, continuar, perdurar...

O cristal da confiança se quebrou? Refaça-o, reconstrua-o, à partir de sua base, eu to tentando fazer isso, mas confesso viu, é uma tarefa bastante árdua,dá um cansaço, uma vontade de desistir, mas vamos em frente, se parar, o resto dos outros carrinhos, tão importantes ficam parados, sem uso...Faça-os se mexer: estou tentando reconstruir o cristal de onde ele se quebrou, já que a base se manteve intacta; começo do ponto de onde parei, aliás, recomeço;colocando um novo corpo na taça da confiança, com muita mais força, mais veracidade..O carrinho da confiança ganha assim um prêmio extra: o da sinceridade,junto com mais outro, o da honestidade e um dos principais: o da honestidade, irmã-gêmea do caráter,tão importante nesse mundo desumano, cruel,ah, quase ia me esquecendo de um dos carrinhos mais importantes: o da esperança...Pense nisso!

Um beijo,

Ludmila.

sábado, 18 de outubro de 2008

Quebrar padrões: devo entrar nessa?!

Assim começo o blog de hoje: Vermelho...Nunca gostei muito dessa cor, principalmente se fosse para usar em alguma cor de roupa..Euu??Usar vermelho??Mas nunca, nunquinha mesmo, à não ser que fosse em caso de urgência extrema, como quando aconteceu na bendita formatura em Direito, que aliás não sei até hoje como consegui me formar,vai ver por essa minha insistência em sempre terminar o que começo, mesmo não estando 100% satisfeita, coisas de capricorniana teimosa até o último fio de cabelo, sabe como é...

Ocorre que, de uns tempos pra cá, comecei quebrando regras,paradigmas( nossa, como falei difícil hein?!),padrões que eu mesma já havia pré-estabelecido, como esse de não gostar e muito menos usar vermelho, à não que fossem alguns acessórios, tais como o meu belo sapatinho á la Dorothy, aquela mesma, do Mágico de Oz( será que se fechar os olhos e fizer um pedido eu consigo?!), continuando;comecei a usar esmalte vermelho, que achava que fosse coisa somente feita sob medida pra "aquele tipinho " de moças, mas enfim, nada contra a mais antiga profissão do mundo não é mesmo,risos..Até blusas vermelhas,nossa, quanta mudança,isso chega até a assustar um pouco, sabiam?

Hoje de manhã bateu uma vontade de assistir ao desenho do ogro mais fofo que já fizeram, Shrek, e assim o fiz..Liguei a TV,deu até uns probleminhas técnicos, nada que uma boa batida no aparelho de DVD não funcionasse, afinal,seja comprovado ou não, parece que quando a gente dá um "tapinha", as coisas "voltam" à funcionar,acertei?Percebi que até o próprio desenho em si quebra paradigmas, quebra padrões, a julgar pelo fato de que nós, meninas, sempre escutamos que quem sempre fica com a princesa no final da história é o príncipe encantado,não é mesmo!?

É,parece que os tempos mudam, embora no filme a Fada Madrinha, que aliás, diga-se de passagem, está mais pra Bruxa terrível,seja a própria mãe do "Príncipe Encantado",parem pra pensar um pouco:sempre tem alguém ajudando esse tipo de gente metida a se dar bem na vida,forcem a memória e vão logo se lembrar...

Acho que sempre fui alguém que demorou um pouco à se habituar às mudanças, nunca fui muito boa em tomar decisões; talvez pelo fato de que sempre precisasse de uma certeza de que nada iria dar errado,ou mesmo que se acaso desse, eu poderia quem sabe poder voltar atrás e tudo voltaria a ser como antes, assim como no passe de mágica que acontece no Shrek, no qual ele e Fiona voltam a ser os simples ogros de antes de toda trapalhada de querer ser o que não se é de verdade, fingir que uma simples boa aparência seja a chave de toda felicidade...

Já diria Jabor, em mais uma de suas crônicas interessantes, que "amar não é só dizer eu te amo, mas toda uma séria de atitudes que se tomam que fazem com que a outra pessoa de fato se sinta amada",bonitas palavras hein Jabor, pena que hoje em dia tanta gente se esqueça de todos esses valores tão importantes e acabem dando mais valor às coisas que às pessoas: o mundo anda em tanta pressa, as bolsas de valores substituem uma boa conversa em busca de se chegar à uma solução sensata, mas enfim, as pessoas estão amando as coisas e usando as pessoas, quando essa ligação deveria ser justo o contrário: amar as pessoas e usar as coisas...Amem mais, vivam mais e ao menos tentem usar menos, o planeta agradece...

Beijos,
Ludmila.

sábado, 11 de outubro de 2008

After all this time...here i am.../Recomeçando do ponto de onde parei...

Bem, depois de mais de uma semana adiando essa minha volta aos meus escritos, cá estou..Começo o post de hoje com um exemplo tirado da própria experiência de ter adiado mais de uma semana essa minha volta...O que faz um ser humano começar, criar novas metas, novos rumos e não mais que de repente, achar que nada tem jeito e simplesmente, desistir;achar que tudo está "muito difícil"?Passei todos esses dias pensando no que iria escrever e cheguei à conclusão de que também estou incluída no hall desses "faz-e-desfaz-de-planos",estamos sempre pensando no que podemos melhorar no que de novo poderíamos fazer e por medo, insegurança, não o fazemos...Acho até que já perdi a conta de quantas vezes eu fiz e desfiz planos:"bom, eu acho que esse ano vou me mudar pra França"-resultado: plano desfeito;resposta:"não levo o mínimo jeito com crianças"..

No começo do ano saí distribuindo meu Curriculum para meio mundo de escolas de inglês, afinal, sempre gostei do idioma e já havia ingressado no tal do "caminho-sem-volta" daqueles que começam na prática do ensino,logo eu, que passei a vida inteira criticando minha mãe por ela ser professora, nessa rotina incessante de trabalho,enfim, acabei "pagando com a própria língua", não é mesmo?!

Algo que aconteceu essa semana e que foi justamente o que me chamou a atenção para esse assunto,o de começar e desistir, foi a saída de uma aluna minha do curso de francês que ensino às segundas-feiras.Não mais que de repente,ela se irritou,pois havia faltado duas aulas seguidas e se sentiu meio "perdida"( afinal, a língua de Voltaire não é nada fácil, principalmente para a nossa nação tupiniquim),pegou seus pertences e saiu de sala, num arroubo de desespero, fiquei muito chateada, pensei..Será que a culpa foi minha,será que fiz algo de errado?

Nessas horas é que se percebe o quanto é frágil a tal auto-confiança que achava que tivesse adquirido,certamente ainda tenho muito o que aprender, muito o que amadurecer eu diria até..Mas enfim, muitas coisas diferentes vem acontecendo...comecei à dar aulas de inglês, idioma o qual sempre estudei, desde criancinha e pasmem, comecei à gostar desse " negócio" de ensinar,porém me sinto insegura em determinados momentos: penso que posso estar errando em alguma coisa,não sei..Resquícios de uma infância na qual recebia mais pancadas do que estímulos..

Retomando o assunto que deu razão à essa minha volta repentina a meu blog: que vontade que estou de ir me embora de Maceió...conhecer novos ares, novas pessoas,mas...e o velho MAS sempre me atrapalhando, sempre como a tal "pedra no meio do caminho", nas palavras de Manuel Bandeira..Rio de Janeiro: essa se traduz como a minha mais nova meta,um lugar grande, conhecido por suas belezas naturais, porém crescente violência..É como se fóssemos reféns de nossas próprias escolhas,sempre pesando prós e contras, chegando a pesá-los tanto que o medo do fracasso nos impede de continuar caminhando para a frente e nos sentimos dando voltas e mais voltas,reclusos em meio ao receio de conseqüências inesperadas..

O pensamento:"Será que se eu errar, se não der certo, será que posso voltar e recomeçar tudo de novo, do "zero"?Nos dias de hoje é tudo muito prático: não gostou?troca.Veio com defeito a mercadoria?Devolve.É tudo tão fácil, tão rápido..Mas onde foi parar o TEMPO?Tempo para conversar com os amigos, saber da vida..Nos deparamos com uma série de mudanças de valores: só aquele que tem mais dinheiro, mais condições,até os padrões de beleza;não existem mais padrões, o mais correto é imitar o cabelo da atriz da novela das 8, a magreza da modelo que desfila nas passarelas..E onde está o padrão principal, o da saúde??Diria mais, o da felicidade..

Feliz é aquele que tem o carro da moda,o figurino da televisão..quem não tem?Martiriza-se, espreme a última gota de esperança numa falsa noção de felicidade, a externa..Pra mim, ser feliz,é de fato estar conhecendo pessoas novas,novos lugares,fazer algo que me realize como pessoa e também para com o mundo..Ah, farei o possível para voltar aqui o mais cedo possível..quando voltarei?palavra difícil de ter um sentido plausível..melhor dizer: até sempre..

Ludmila.

O Sapato que te cabe...

Dia desses saí calçada com os tênis novos de minha mãe: eram rosa, lindos... Ela tinha chegado em casa uns dias antes comentando que havia e...