terça-feira, 31 de agosto de 2010

Ventos de um amanhã sem fim...

É, acabei de chegar em casa...Estamos vivendo dias cada vez mais instantâneos...E qual não foi minha surpresa, em meio ao último dia do mês de agosto( ufa, até que enfim!) uma ventania daquelas me atrapalha um pouco, afinal qual é a mulher que não xinga até a vigésima geração quando o menino ligeiro chamado vento arranca todos os nossos fios de cabelos rigorosamente arrumados e condicionados à não sair do lugar? Comecei a perceber que lutar contra esse inimigo poderoso- nesse exato momento- não era a melhor saída e então pensei:"Que tal me aliar a ele?"..E foi o que fiz..Deixei que levasse meus cabelos e não é que a sensação era boa?!

Por tantas vezes lutamos contra os impropérios que a vida nos traz, achando que tudo veio "para atrapalhar" ou simplesmente sair por um mísero minuto da rotina que nos cerca pode tirar tudo dos eixos..E quem sabe se esses mesmos eixos fossem um pouco mais maleáveis?Assim como a vara de bambu, aquela que se dobra,seguindo o sabor do nosso "amigo" vento, mas não se quebra..As pequenas mudanças se iniciam à partir do momento que nos tornamos incomodados com a mesmice do dia-a-dia e começam os questionamentos:"Que tal se cortar meu cabelo?",mudar um pouco o estilo de se vestir...

Nesse momento, vem algum engraçadinho, "metido à analista" e diz:"Mas se você começar a mudar demais, vai deixar de ser quem é e se transformar em outra pessoa..Teoria mais sem fundamento essa,não acham?!Quando confiamos em nós mesmos, sabemos quem somos e quem disse que o ser humano não é passível de mudanças diárias?Obiviamente que é muito mais fácil, mais cômodo se continuarmos do mesmo jeito que estamos, acordando no mesmo horário, até os mesmos movimentos, como calçar primeiro o pé esquerdo, usar o cabelo penteado da mesma maneira..Acho que alguém aí procurou um espelho para se olhar não é mesmo?!Falem a verdade..Risos...

Por mais mudanças que façamos, sejam elas pequenas ou drásticas, do estilo cortar dois centímetros de cabelo e esperar que todos percebam e comentem como está bonito o seu novo "corte" ou ainda passar de morena jambo à ruiva da cor de fogo-parece um pouco fútil, superficial, não acham?Mudanças externas são o primeiro passo para as internas, acredito mesmo nisso..Até deixei que o traquina do menino vento bagunçasse meu cabelo e até achei bom..Bagunçar..E arrumar tudo de novo..Ô vida danada,parece um vendaval de transformações..ainda bem!!

Abraços à todos!!

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Apaixonar-se pelo mundo...

Domingo é um dia meio complicado,não acham? Ao mesmo tempo que se pode ter um monte de coisas à fazer,pode-se ter absolutamente nada, o mais completo marasmo, daqueles que se contam as horas pra acabar..Estava eu, passeando pelo "enorme" shopping da capital onde moro, quando entrei numa lojinha daquelas que vendem umas tantas quinquilharias- detalhe: até a palavra já remete algo velho, risos-desde chaveiros até ursinhos de pelúcia.Foi quando avistei um globo terrestre,lembram-se dos tempos de escola?Sim, ele mesmo, só que numa cor diferente do azul piscina que estamos todos acostumados a ver: esse era amarelinho,num tamanho médio, nem tão pequenino, mas não era grande demais.Decidi comprá-lo,simplesmente me "apaixonei" por ele..Levei pra casa...

Curioso foi o fato de ter escolhido um artefato como esse, diverso dos habituais,para se levar de presente para si mesmo...Médio, sem aparentes arranhões.Apesar de que é necessário colocar a informação de que a vendedora do estabelecimento foi buscar outro exemplar no estoque, porém minha exigência era de que fosse na mesma cor e é óbvio, tinha que estar em perfeitas condições..E não é que quando a vendedora descia as escadas, o danado do globo escorregou das mãos dela e literalmente, despencou escada abaixo!Imaginem qual foi a minha decepção...Foi então que ela mostrou que o tal globinho não possuía as mesmas características daquele que eu tinha "me apaixonado"..risos..

E assim, fazemos com nossas escolhas: fazemos, depois analisamos a quantas andam as possibilidades de que através delas, nossas expectativas venham a se realizar,porém durante o caminho, ocorrem adversidades, imprevistos..E agora? O mundo "cai",não é mesmo?( assim como o globinho vindo do estoque)..Mas não é que o globinho que despencava NÃO era aquele que tinha sido almejado desde o início..Doce travessura do destino..O personagem dessa história estava lá, quietinho, "olhando pra mim",e dizendo:"Ei,olha, ainda estou aqui!!"E olhem só: era o último exemplar..

Quando imaginamos que tudo está perdido, é exatamente através dos erros que conseguimos encontrar nossos futuros acertos..O tamanho médio me agradou pois consigo enxergar as possibilidades, estabelecer metas..Já imaginaram se fosse pequeno demais?Não conseguiria enxergar alguns nomes, por maiores que fossem( pensem naqueles países bem pequeninos!!),ele iria se perder na em meio a um bocado de coisas que tomam nossa atenção - metas que se perdem na estrada-da mesma maneira que um globo daqueles de tamanho gigante iria me fazer sentir um pouco intimidada, o receio de fazê-lo cair,para consertá-lo levaria um pouco mais de tempo e paciência, concordam?

E assim,digo que não se arrependam daquilo que fizeram, mas sim do que um dia desejamos ter feito e por medo "do globo enorme se espatifar no chão", deixamos de fazer..Um amigo um dia me disse:"Na vida,não se é mais do que um dia desejamos ser"...Já sei, ficou confuso não é mesmo?Tudo bem, esclareçamos:Por muitas vezes dizemos que gostaríamos de ser menos retincentes, mais aventureiros,porém há que se salientar que somos exatamente o que queremos ser..Mudanças? Sim, são benvindas, desde que planejadas, como o globinho no tamanho médio, com seus nomes visíveis, porém não invisíveis, os quais não se perdem na imensidão das escolhas...

Abraços à todos!!

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Caminhos abertos...

É, hoje realmente foi o que se chama de "um dia diferente", daqueles pra marcar com caneta dourada, trazendo aquela sensação de dever cumprido, misturado à um gosto de felicidade por estar viva...Realizei uma tarefa que pensei não ser possível: sair da "zona de conforto" e literalmente, "mexer os braços e as pernas"..Recentemente, o Estado de Alagoas foi atingido por uma enchente devastadora, a qual só deixou destroços e muito choro pelo caminho..Aliás, caminhos..Foram eles que me levaram até onde estou hoje,mas o que será abrir caminhos?

Fizeram essa pergunta há muitos anos atrás para alguém.Um avô perguntou à seu neto:"Meu filho, pra você, o que é um caminho?" E o neto prontamente respondeu:" Ah Vô, é uma estrada por onde se segue"..E o avô então retrucou:"Sim meu filho,mas você sabe que,para abrir caminhos é preciso que alguém comece o trabalho,corte os matos que impedem nossa passagem,usando o que for possível para fazer o nosso caminho em meio as dificuldades"..Essa frase realmente ficou marcada,gravada feito brasa no ferro..

Por tantas vezes só vemos os espinhos pela estrada da vida...É muito mais fácil passar toda uma existência à reclamar da falta de oportunidades do que fazê-las possíveis,palpáveis,menos inacessíveis..Posso dizer que sou testemunha ocular disso, até hoje ainda me pego sendo vítima de tal "armadilha da discórdia"- nome forte,não acham?!Quase sempre as soluções estão bem à nossa frente,porém é mais prático, fácil, rápido pegar a maçã mais baixa na árvore da vida,certo?Aquelas que se encontram lá no alto, no topo da existência, tornam-se difíceis, um verdadeiro fardo para os pobres inertes que o tempo fez questão de deixar inacabados,ainda falta um pouco mais de barro e força nas mãos para terminar essa fantástica escultura chamada ser humano...

Tem uns momentos que são interessantes para parar, pensar,reavaliar..Será mesmo que estou me vendo como alguém realmente importante, digno de tanta abnegação? Mas é claro que sim,isso não é ser egoísta,mas lembrar que nosso corpo é nossa verdadeira casa,é nosso dever tratarmo-nos bem..Que tal olharmos para nós mesmos tal qual se fossemos aquela semente que acaba de ser plantada..Precisa ser regada,nutrida com luzes de boa vontade,persistência e merecimento, essas,ah, essas andam sempre juntas...

Abraços à todos!!

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Coragem líquida...

Acho que já aconteceu com alguém de vocês, sair na maior chuva,certo? E obviamente, a situação contrária: não sair pelo simples fato de..estar chovendo..Curioso, não?Estava eu hoje, quase chegando no ponto de ônibus próximo à minha casa, quando de repente..começa uma chuva daquelas..Então pensei:"Que maravilha, estou sem guardachuva"- ai, como eu detesto essa nova ortografia,um dia me acostumo, quem sabe.E então ficou a dúvida,parar debaixo de algum abrigo e esperar ou sair correndo e enfrentar "a danada"?Decidi parar um pouco..Esperei por alguns minutos,folheei algumas revistas e por fim, decidi que já era hora de sair e enfrentá-la,afinal, era só água...

Por quantas vezes em nossas vidas, hesitamos em tomar decisões... É um medo que corre por dentro, fazendo congelar nossas pernas e braços,impedindo-nos de tomar alguma atitude..Medo de sofrer? Talvez..Receio de que as coisas tomem rumos e não possamos voltar atrás? Ah ser humano, sempre imprevisível, quando menos se espera, mudamos nossas decisões, mas ao mesmo tempo, queremos voltar no tempo, caso "algo saia errado"...Porém, existem momentos em que se deve arriscar, sair, como sempre falam por aí,"dar a cara pra bater"..E daí?Sofrer faz parte e nós, como bons seres sociais que somos, criamos expectativas. fazemos planos..

Uns mais ousados, outros mais retincentes..Assim somos.Formamos nossas personalidades ao longo do tempo, das experiências, dos dissabores, as vezes "pegando carona" nos históricos de nossos pais,dos amigos que sempre aconselham- há que se acrescentar que nem sempre acertam( risos)...Outra danada que "teima" em querer aparecer em diversas ocasiões em nossas vida,uma moça chamada insegurança; essa costumava aparecer quando começamos a tentar dar os primeiros passos ou mesmo quando arrancaram as rodinhas da nossa bicicleta - ah, quem fez isso realmente não tem coração! Onde vai parar nosso equilíbrio, nossa segurança? Vai embora junto com as rodinhas,não é mesmo?

O tempo passa, tomamos nossas decisões, decidimos por qual caminho seguir,bom, nem sempre não é mesmo? Acho que alguém aí deve ter se lembrado de uma "certa pessoa"..Curioso..Também me lembrei...Ah,quase ia me esquecendo; vocês devem estar se perguntando aí: "mas como acabou a história de enfrentar a chuva??"Bem, meus caros, eu fui,no meu ritmo, sem o tal guardachuva, enfrentando os pingos que lentamente caiam sobre minha cabeça, suaves, me fazendo enxergar que obstáculos existem, mas que no final das contas, era pura e simplesmente água,nada além de uma coragem líquida...

Abraços à todos!!!

O Sapato que te cabe...

Dia desses saí calçada com os tênis novos de minha mãe: eram rosa, lindos... Ela tinha chegado em casa uns dias antes comentando que havia e...