quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

De dentro pra fora...E vice-versa

Tenho ouvido e visto muitos programas de televisão com o firme propósito de encontrar pessoas dispostas a assumir compromisso sério com alguém,aliás vi isso hoje mesmo, de manhã e confesso ter ficado impressionada com semelhante coragem..Mas o que se define por estar na companhia de outrém? Seria ter a segurança de um amparo nesse mundo tão individualista de hoje ou teria de fato algum sentimento envolvido na "história"- as aspas indicam um pouco de sarcasmo mesmo- que as emissoras achem, digamos, mais "rentável", afinal tudo gira em torno de números, cifras no mundo capitalista- e apressado- em que vivemos...

É quase um mercado de "gente": escolhemos alguém parecido conosco, com os mesmos gostos, afinidades, mas esquece-se o principal: será que realmente gosto de estar com essa pessoa? Meu coração bate mais forte quando falo o nome dela? Ok,ok, os mais céticos e/ou realistas que me perdoem, mas é isso que influencia na decisão, ou pelo menos, na minha- leia-se, eterna romântica...Seres humanos não são mercadorias, as quais tentamos modificar ou "trocar" quando apresentam "defeito de fábrica"...E como é complicado lidar com defeitos, não acham? A gente procura um daqueles, perfeitinhos, se for uma copo de cristal com rachaduras, embala e devolve pra loja...Loja..Conceito até bem propício para o que se considera como sentimento nos dias de hoje, afinal de contas, é tudo tão discutível, negociável...

Existem dois tipos de relacionamento interpessoal: o de fora pra dentro e o de dentro pra fora...O primeiro acontece quando você procura alguém que se identifique com a sua maneira de ser, de enxergar o mundo..Parece um quebra-cabeças eterno: sabe-se que falta alguma coisa,mas não na verdade não se sabe bem o que é...Hipocrisia né? É óbvio, está "na cara": falta o sentimento, falta aquilo que faz "nossa alma e coração vibrarem na mesma harmonia.." Poético, não?Agora fica muito mais fácil fácil de explicar o segundo, certo? Errado...O segundo, o de dentro pra fora, nasce com a convivência, com o conhecer mais,mas não é só: também, assim, como no primeiro, procuramos alguém com afinidades, gostos parecidos, enfim, é como se nesse momento - de fato- terminamos de montar o mosaico que é o ser humano..Eu e essa minha veia psicóloga que insiste em não me abandonar...Vá tentar entender o ser humano e passará toda uma vida achando mais coisa pra procurar...E quem disse que esse "negócio" de sentimento é fácil?

Abraços a todos!!!

Um comentário:

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.

O Sapato que te cabe...

Dia desses saí calçada com os tênis novos de minha mãe: eram rosa, lindos... Ela tinha chegado em casa uns dias antes comentando que havia e...