segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Escolhas: dirigir ou o banco do carona?

Há quanto tempo que não escrevo...Não sei,perdi a noção do tempo, só sei que vinha adiando voltar pra cá, talvez por medo de falar demais.ou de menos...Bem, hoje fui ao médico- algo inédito, talvez?- resolver uma tosse que já se arrastava por dias e mal me deixava dormir( ah se pelo menos fosse por algum motivo justo, risos) e vi uma moça chegando acompanhada de sua mãe; a primeira dirigia o carro e sua mãe, sentada no banco do carona( juro que não é fofoca que vou contar por aqui!) e foi então que pensei: ultimamente andei sempre no carona, sem me dar conta de que eu mesma era quem deveria tomar conta da própria vida, conduzindo as ideias?!

Tomei consciência de que gastei mais tempo do que deveria deixando que tomassem conta do que eu mesma devia ter realizado com minhas próprias mãos -ou pés!-Sempre esperei que as coisas tomassem seu rumo, sem querer interferir muito ( ou quase nada) no que chamam de "a roda do destino"..Enfim, as coisas mudaram ( ainda bem, já estava mais do que na hora!), mas não me arrependo de nada, continuo acreditando que cada coisa tem sua época, seu momento e é impossível "remar contra a maré da essência que nos foi reservada"..

O simples fato de gostar tanto de tirar fotografias de flores, mais especificamente, rosas, é emblemático: gosto da maravilha que elas oferecem: cor, odor, nem que seja por um breve espaço de tempo, então busco eternizar a alegria efêmera que as mesmas proporcionam, fazendo com que elas fiquem guardadinhas na memória de algum - ou alguns- momentos felizes; estes passam tão rápido, não é mesmo?Elas lembram os tempos de hoje: tão rápidos, fugazes, mas nem por isso devemos desperdiçá-los, deixá-los escorrer pelos dedos como a areia molhada pelas águas do mar verde-azul-anil de minha terra...

Há pouco tempo, chegaram algumas plantinhas que não são naturais da região Nordeste, já tão castigada pela seca que se arrasta por séculos, curioso isso: pessoas tão fortes, de natureza tão nobre, sempre tão sofridas, mas que nenhuma secura é capaz de levar embora a esperança de que a chuva trará boas novas..Mas enfim, chega dessa baboseira poética: é, eu gosto, nunca neguei pra ninguém dessa minha " natureza de Clarice"- gostar de expor, mostrar a própria essência exatamente como ela é, sem máscaras, voltando a história das plantinhas, eu explico: elas estão meio secas sabem, não estão sobrevivendo no clima árido daqui, e o que isso significa? Ninguém é capaz de fingir o que não é de fato, em alguma ocasião, nossas folhas começam a cair, embora nossas raízes continuem fincadas na terra; o que se tem por dentro é sempre mais forte que o exterior: perecível, falho, passível de erros, o que existe lá dentro predomina..Ainda bem...

Abraços a todos!!

Um comentário:

Tchello d'Barros disse...

Ludmila,

ficou muito interessante a metáfora das plantinhas com as pessoas, muito bem observado. Parabéns pela bela crônica!

Abç!

Tchello d'Barros
Maceió - AL

O Sapato que te cabe...

Dia desses saí calçada com os tênis novos de minha mãe: eram rosa, lindos... Ela tinha chegado em casa uns dias antes comentando que havia e...